sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Formação Alexandrina

É por isso que Alexandre O Grande conquistou 80% do mundo de sua época (a formação perfeita)

4 comentários:

disse...

. Filipe II, Alexandre e o exército macedônico

Em primeiro lugar, os macedônios estavam próximos o suficiente do cenário helênico para compreender o princípio da disciplina que organizava a eficiência da falange no choque frontal. Por outro lado, a distância do regime políade possibilitou a incorporação das aplicações táticas atribuídas às tropas montadas, de acordo com a tradição militar característica do mundo persa.

A fixação dos gregos na batalha decisiva encaminhada por um corpo cívico que buscava o choque frontal e desprezava manobras de flanqueamento (dada a sua pobreza no que se refere a grandes variações táticas), não permitiu uma introdução massiva (a ponto de produzir uma integração completa) das inovações militares trazidas pelo contato com os persas e em parte difundidas no pós‑guerra do peloponeso. Em contrapartida, a ausência de convenções (protocolos e limitações) (LYNN, 2003) de guerra ao estilo grego no pensamento militar persa impossibilitou que a falange assumisse a centralidade dos dispositivos táticos.

Sendo assim, somente uma cultura como a macedônica, em que o rei era sempre o chefe militar (embora se servisse de reuniões com seus comandantes para a decisão acerca do plano e batalha) e combatia em uma Companhia de Cavaleiros, possuía a especificidade exigida para levar a cabo uma reforma que permitisse a integração do exército. Segundo Giovanni Brizzi (2003: 18), as tropas combinadas de Filipe II radicalizavam o requisito do aprofundamento da falange disciplinada sem expor os flancos por carência de mobilidade, graças às excelentes tropas montadas dispostas nas alas1.

No tempo de Alexandre, o exército macedônico era ordenado em batalha de modo a produzir um avanço contínuo e com todo o contingente interligado, tornando as possibilidades de movimentação variadas o suficiente para o combate em regiões diversas e contra adversários muito diferentes. Seguindo uma formação básica ao dispor as tropas montadas nas alas, protegendo a infantaria de possíveis flanqueamentos, fazia incidir em campo aberto contra o inimigo um tipo de manobra que se tornou a mais eficiente pelo menos até Cipião, em Zama (202 a.C.).

Na ala esquerda, próximos ao corpo de infantaria dos falangistas, estavam dispostos os cavaleiros tassálios, que segundo Ferrill, formavam um grupamento montado pesadamente armado e que podia tanto investir contra o flanco inimigo quanto desfazer linhas de infantaria ligeira (FERRILL, 1997: 179). Na ala direita, entre o contingente dos hypaspists (soldados de infantaria com maior mobilidade que os falangistas) e a falange ordenada em profundidade localizavam‑se os Companheiros, tropa de cavaleiros aristocratas que compunham a guarda pessoal do rei. À frente da linha de choque estavam organizados, cumprindo função tática semelhante a desempenhada pelos velites romanos2, arqueiros e fundeiros, ambos ladeados por cavalaria ligeira.

O corpo central do exército macedônico, isto é, os famosos falangistas reformados por Filipe II, dividiam‑se em unidades menores chamadas syntagmas (256 homens), que por sua vez reuniam‑se em grupo de seis, formando um batalhão (taxis)3.

Embora autores como Antonio Guzmán Guerra (1982: 125) afirmem que a falange macedônica é apenas ligeiramente diferente da grega, deve estar claro que a alteração aparentemente pequena nos armamentos utilizados (escudo menor e lança mais pesada e alongada – sarrisa) pelo falangista de fato preserva o princípio da disciplina e do choque frontal, mas inverte a função estratégica proporcionada por esse tipo de tropa, incidindo sobre aplicação do exército em campo de batalha.

Em combate com os tribalos, um dos povos trácios que organizaram sublevações contra o poder do novo rei macedônio, Alexandre pôde colocar em prática o tipo de ofensiva que melhor exemplifica a integração do exército macedônico: a manobra envolvente. Nesta ocasião o envolvimento combi­nado não chegou a ser completado, mas as etapas de movimentação expressam a funcionalidade deste dispositivo tático.

No contexto de afirmação da autoridade legada por seu pai, Alexandre precisava legitimar‑se tanto na Hélade quanto nos reinos situados entre a Macedônia e as póleis. Deste modo, fez marchar seu exército por essas regiões, sendo que os tribalos e os ilírios foram seus primeiros adversários, anteci­pando o grande cerco e massacre de Tebas. Com o conhecimento de que o rei dos tribalos, Sirmo, havia ordenado que seu povo escapasse do choque com os macedônios, fazendo‑o avançar até as ilhas próximas do rio Istro, Alexandre retornou com seu exército e marchou em direção ao acampamento inimigo. Diante da preocupação em não deixar sublevações situadas em sua retaguarda, o pupilo de Aristóteles dispôs suas tropas e a fez investir contra os tribalos por meio de ataques dos arqueiros e fundeiros (ARRIANO, I, 2).

Somente após o contra‑ataque dos soldados tribalos, que avançavam para conter o arremesso de projéteis por meio de uma aproximação do combate, Alexandre lançou “contra eles sua falange formada em profundidade” (ARRIANO, I, 2). Em seguida, os macedônios passaram à segunda etapa do ataque combinado, momento em que Filotas, responsável pelo comando da cavalaria da Alta Macedônia, investiu contra o flanco direito do inimigo. Enquanto isso, Heraclides e Sópolis, comandantes das cavalarias beócia e da advinda de Anfípolis, prensavam a ala esquerda, fornecendo duas possibilidades aos tribalos: o recuo, enquanto a retaguarda era uma possibilidade de fuga ou o avanço frontal, que resultaria no enfrentamento da muralha de sarrissas. Deste modo, deixando ressaltar o testemunho de Arriano,

“enquanto durou, de ambos os lados, o arremesso de projéteis, os tribalos puderam resistir. Porém, quando a falange, disposta em formação com­pacta, desferiu seu ataque violentamente e a cavalaria investiu contra os inimigos por todos os lados, (...) os tribalos deram a volta e atravessaram a margem em direção ao rio” (ARRIANO, I, 2).

Ao longo de quase toda a primeira fase da campanha de Alexandre (da marcha contra a Hélade até a batalha de Gaugamela), em se tratando das batalhas realizadas em campo aberto, o princípio da manobra envolvente (de acordo com a disposição apresentada acima) foi empregado de formas variadas, mas obedecendo às possibilidades oferecidas por esta movimentação básica. Este modo de conduzir a batalha decisiva e o choque frontal, assimilando as manobras de flanqueamento e o uso da infantaria ligeira de forma integrada, fundou uma prática militar que se distancia da helênica por sua posição específica em relação ao cenário bélico de fins do século V a.C..

Sendo assim, o argumento gira em torno das diversas adaptações, cartagi­nesas e romanas, da tradição militar que tem sua expressão máxima na eficiência da manobra de envolvimento. Por isso, devemos ocupar‑nos do mapeamento, mesmo que breve, das práticas militares romanas e cartaginesas, a fim de montar um quadro de referência no qual possamos fazer atuar a narrativa que sustenta a plausibilidade da aproximação cartaginesa com a cultura militar macedônica e de sua conseqüente ligação com a guerra romana de fins do século III a.C.


http://www.revistamilitar.pt/modules/articles/article.php?id=243

disse...

sobre a sarrissa:


sarissa ou sarisa era uma lança (pique) longa 4 a 7 metros usado na Grécia antiga e no período helenístico. Foi introduzida por Felipe II da Macedônia e usado na tradicional formação de falange grega como substituto ao Doru (Lança usada pelos hoplitas), que era consideravelmente mais curta. A falange de Felipe II da Macedônia foi conhecida como Falange Macedônia. A sarissa, feita de uma dura e resiliente madeira de cornizo.

Era muito pesada para lanças, pesando cerca de 5 Kg. Tinha uma cabeça curta de ferro em formato de folha e um pé de bronze que permitia ser ancorado no chão para parar cargas feitas por soldados inimigos. O pé de bronze também servia para balancear a lança, tornando mais fácil para o soldado carregá-la. Seu grande comprimento, acima de 5,5 m, tinha duas partes que eram unidas por um tubo de bronze central, foi uma vantagem contra hoplitas e outros soldados usando armas curtas, por que eles tinham que passar pelas sarissas para combater os Falanges. Entretanto, fora da sua formação de falange a sarissa teria sido quase inútil como arma e um entrave na marcha.

falange macedonica

O treinamento complicado (Por isso uma arma exótica) permitia que a falange usasse a sarissa em uníssono, girando-os verticalmente, e depois baixando-os na horizontal. O ataque uniforme das sarissas assustou as tribos Ilírias sobre a qual o jovem Alexander teve suas primeiras vitórias.

A apertada formação de falange criava uma “Parede de lanças”, e os piques eram suficientemente longos para que cinco fileiras completas de piques na frente dos soldados da primeira linha de combate - mesmo que o inimigo passasse pela primeira linha, havia mais quatro para pará-lo. As fileiras traseiras mantinham suas lanças inclinadas para cima, que servia com o propósito adicional de defletir flechas. A falange Macedônia tinha quase completa invulnerabilidade frontal, exceto contra outra falange do mesmo tipo; Geralmente a única maneira de derrotá-la era quebrando sua formação ou flanqueando-a.

A invenção da sarissa é creditada a Felipe II, pai de Alexandre o grande. Felipe forçou seus homens feridos e desmoralizados a usar seus formidáveis piques com duas mãos. A nova tática foi implacável, e no fim do reinado de Felipe o antes frágil reino da Macedônia controlava toda a Grécia e Trácia.

Seu filho, Alexandre, usou a nova tática através da Ásia, conquistando o Egito, Pérsia e o norte da Índia, vitorioso por todo o caminho. As falanges portadoras de sarissa foram vitais em cada batalha, incluindo a batalha de Gaugamela onde a carruagem de foices do rei Persa foi completamente destruída pela falange, auxiliada pela uso combinado da cavalaria e de lançadores de dardos. Alexandre gradualmente reduziu a importância da falange, e da sarissa, a medida que ele modificava seu uso combinado de exércitos, e incorporou armas e tropas Asiáticas.


Comparação de alcance


A sarissa, entretanto, mantivesse na espinha dorsal de todo subseqüente exercito Helênico, e especialmente do exercito Diádoco. A Batalha de Ráfia entre os Seleucidas e Ptolomeu IV pode representar o pináculo da tática sarissa, onde apenas uma carga de elefantes pareceu ser capaz de vencer a falange opositora. O Reinos Sucessores do império Macedônico tentaram expandir alem do desenho de Alexandre, criando piques mais longos que 6,5 m, mas todos estas idéias foram eventualmente abandonadas em favor da sarissa Alexandrina testada em batalha. Batalhas frequentemente acabavam estagnadas no que Oliver Cromwell mais tarde descreveu como “um terrível negocio de empurrar piques”.

Subsequentemente, a falta de treinamento e excesso de confiança na Falange ao invés do uso combinado de exércitos (maiores contribuições de Felipe e Alexandre) levaram na derrota final da Macedônia pelos Romanos na Batalha de Pydna. Parte da razão pela rápida deterioração da habilidade com a sarissa foi que, depois de Alexandre, generais cessaram a proteção da Falange com cavalarias e tropas levemente armadas, e as falanges eram destruídas facilmente pelos ataques pelos flancos. A sarissa foi gradualmente substituída pelas variações do gládio como arma preferida.












http://guerrasdraconicas.wordpress.com/2009/02/09/nova-arma-sarissa-a-lanca-que-fez-um-imperio/

disse...

Ou SEJA EW CARA NãO VIAJA NA MAIONESE. temos 50 nerds e otakus não é um falange mortal. A GRAÇA E BLOQUEAR AVANÇO. AVANÇAR SEM MEDO.
PARADINHA PRA QUEBRAR O RITMO DO ADVERSARIO. EMBOSCADA FIXA, EMBOSCADA DIVIDIDA, infiltrar, não deixar infiltrar. DIVIDIR rapido, reagrupar DO NADA.

Instruir para naum morrer bobinhamente, mas tbm saber e querer perder para os mesmos bons golpes que treinamos Golpe limpo toque leve!

Escudeiros(defensores) defendam os ombros e as coxas! Lanceiros(Bloodtide) Mirem no lado BOM e vão sem medo !Guardiões defendam e avançem pra dividir os adversarios.
Arqueiros mirem no baixo abdomen e atirem só quando verem o cinto.
Infiltradores bom façam seus trabalhos confundam iludão e levem muitos!

disse...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pique